D.I.P.

 


Joo-Chan, cristão norte-coreano: "Deus, quero viver"
 
Soldados da Coréia do Norte
COREIA DO NORTE (1º) - A seguir, você vai ler o testemunho de um norte-coreano que conseguiu fugir para a China, onde recebeu a salvação após estar à beira da morte. Park Joo-Chan conseguiu ir para a Coréia do Sul, onde estuda teologia e espera o momento de poder voltar ao seu país para anunciar o evangelho de Jesus aos seus conterrâneos.

Park Joo-Chan (nome fictício) já deveria estar morto. Por causa disso, o norte-coreano Park Joo-Chan sabe melhor do que ninguém o que é viver pela graça. Na noite que deveria ter sido a sua última na Terra, ele se ajoelhou pela primeira vez. E Deus o salvou do frio congelante da capital chinesa, Pequim.

Joo-Chan fala com voz baixa, quase inaudível. Estamos na sala de um professor da Universidade de Teologia na cidade de Seul, Coréia do Sul. Joo-Chan está estudando aqui para se preparar para o que está por vir. Ele tem certeza de que um dia Deus irá chamá-lo para retornar a Coréia do Norte. E então ele irá.

É difícil para qualquer um que olhe nos olhos brilhantes de Joo-Chan, 33 anos, entender as imagens que passam por sua cabeça. Ele ainda tem lembranças de seu colégio, onde o sistema de autocrítica era aplicado.

 "Todos tinham que ficar de pé (um por vez) na frente da turma e os colegas de classe tinham de dizer o que ele tinha feito de errado. Depois disso, ele tinha que se autocriticar. Você tinha de criticar até seu melhor amigo. Por exemplo, eu disse a ele: 'Kim Il Sung disse que você deveria se livrar das tolices, mas você não fez isso' Claro que ele ficou bravo comigo. E ele revidou quando foi a minha vez. Todos nós nos sentíamos muito culpados por ter que dizer essas coisas. Isso causou um rompimento em nossas amizades, mas não duvidávamos da utilidade desse método."

O exército

Quando Joo-Chan completou 17 anos, teve de entrar para o exército.

"Aquele foi o período mais difícil da minha vida. Recebíamos pouquíssima comida. Nunca havia nenhum tipo de carne. Às vezes, recebíamos um pouco de arroz. Em geral, comíamos praticamente só milho. Acabei ficando doente. Não somente por causa da desnutrição, mas também por dormir no chão gelado. Uma das minhas pernas congelou. Nunca me recuperei totalmente disso, essa perna não funciona mais normalmente".

"Depois de cinco anos, fui dispensado do Exército por causa da enfermidade, quando eu deveria ter servido por dez anos. Entre dois milhões de soldados, relativamente poucos estão envolvidos em treinamentos. A maior parte deles trabalha na terra ou nas fábricas. As pessoas estavam subnutridas, doentes ou feridas em incontáveis acidentes. Hepatite e tuberculose eram doenças comuns."

Além de treinar armamento e combate, coisa que os soldados faziam por um mês inteiro a cada duas vezes ao ano, eles também eram instruídos na ideologia do Estado.

"Tínhamos de ver a Coréia do Norte e a do Sul como uma só nação. Já havíamos sido libertados graças a Kim Il Sung. O Sul ainda estava sob a opressão dos norte-americanos. Além disso, eles eram os responsáveis por todas as coisas ruins e a escassez na República Popular Democrática da Coréia, como é oficialmente conhecida a Coréia do Norte. Em certas ocasiões, considerávamos o cristianismo e aprendi que essa religião era norte-americana e depravada. Eu não me lembro muito mais sobre isso".

Fome

A fome surgiu na época em que Kim Il Sung morreu, em 1994. Joo-Chan percorreu o país inteiro atrás de comida, mas em 1998 ele decidiu ir para a China com um amigo:

"Eu não podia dizer nada aos meus pais. Se eu tivesse dito a eles o meu plano, isso os teria colocado em grande perigo. No dia da nossa fuga, meu amigo e eu fomos para as montanhas, nos escondemos e esperamos anoitecer. Não conseguíamos enxergar nada à nossa frente quando descemos o rio. Tivemos de nadar para chegar ao outro lado. Não tínhamos nada conosco, apenas as roupas que estávamos usando".

Quando chegaram à China, eles foram para a casa de alguns sino-coreanos.

"Eles eram cristãos. Eu tinha muito preconceito contra eles, mas não tinha escolha, precisei engolir o preconceito. Eles nos ajudaram, não tínhamos mais ninguém. Por meio da vida da esposa, em especial, que normalmente ficava em casa, percebemos que os cristãos eram pessoas generosas. Nesse caso, foi assim no começo, mas, quanto mais norte-coreanos fugiam de lá, mais rigorosa ficava a busca da polícia. O casal ficou com medo e se tornou menos amigável. Eu também estava nervoso. Meu amigo e eu não podíamos ficar juntos. Ele foi trabalhar em um restaurante na cidade. Eu fui para uma construção fora da cidade. Um dia, ele não retornou para a casa novamente. A polícia fez buscas sistemáticas na indústria alimentícia à procura de imigrantes ilegais. Eles o pegaram e o mandaram de volta... Eu nunca mais ouvi falar dele."

Joo-Chan ficou arrasado, e se tornou cada vez mais depressivo. Ele ficou doente e até precisou de uma bengala para poder andar. Ele foi à igreja procurar ajuda.

"Eu tinha ouvido em uma estação de rádio coreana que os cristãos coreanos, freqüentemente, ajudavam os refugiados. A igreja queria ajudar, mas não podia. Entretanto, eles arrecadaram dinheiro e pude comprar uma passagem de trem para Pequim. Eu queria me inscrever na embaixada sul-coreana, mas eu estava tão mal e as minhas roupas estavam tão gastas que a polícia iria ver imediatamente que eu era um refugiado norte-coreano".

Salvação

Em Pequim, o dinheiro de Joo-Chan acabou logo e a sua saúde se deteriorou rapidamente.

"Uma noite eu tive uma certeza: aquela seria a minha última noite. Eu estava deitado perto de um edifício e sabia que iria morrer. Então, pela primeira vez, eu me ajoelhei e orei ao Deus dos cristãos. Eu disse: 'Deus, não tenho nem trinta anos. Não quero morrer ainda. Quero viver'. Depois disso, eu dormi. Ele respondeu à minha oração. Eu não morri congelado naquele dia! No dia seguinte, conheci um sino-coreano que, sem mais nem menos, se ofereceu para me ajudar. Ele me apresentou uma Igreja. Lá eles tinham dinheiro suficiente para pagar uma operação para mim. Após a operação, eu tive certeza: 'Deus existe! Ele me salvou'".

Essa salvação trouxe uma mudança radical na vida de Joo-Chan.

"Nos três anos seguintes, eu li a Bíblia umas cem vezes. Eu não entendia nada, mas me comoveu muito, em especial, a passagem de João, capítulo 21, no qual Jesus diz a Pedro que quando ele era jovem ele se vestia sozinho, mas que quando ele estivesse velho, alguém o vestiria. Eu vi isso como um exemplo de como Deus assume a direção da vida de uma pessoa. Eu estava tão feliz porque Deus queria me guiar também. Só após ter sido salvo por Deus é que comecei a me dar valor. Entrei em contato com o irmão Peter, da Portas Abertas. Ele me apresentou ao grupo de estudo da Bíblia para norte-coreanos. Esses cristãos queriam voltar à Coréia do Norte para disseminar o evangelho para as pessoas de lá. Mas Deus não queria que fôssemos ainda. Ele deve ter tido seus motivos. No final, o grupo se desfez."

Coréia do Sul

Em um dado momento, alguns velhos amigos de Joo-Chan, que já estavam na Coréia do Sul, descobriram onde ele estava. Eles enviaram dinheiro para levá-lo à Coréia do Sul. Foi uma viagem longa e perigosa por vários países, mas Joo-Chan finalmente chegou ao seu destino. Apesar da prosperidade em Seul, Joo-Chan pensa apenas na Coréia do Norte:

"Por meio de sonhos, Deus tem me preparado para retornar. Quando eu voltar, quero apenas dizer às pessoas uma coisa: a história da salvação de Jesus. Posso mostrar a eles que ainda estou limitado por causa da minha perna, mas também que Deus me trouxe a salvação e que eu tenho perspectiva de algo melhor no céu".

Pedidos de oração:

Joo-Chan conta com as orações de todo o Corpo de Cristo e pede:

 Ore para que Deus me use.
 Ore por meus estudos teológicos, que são muito difíceis.
 Ore pelo meu ministério na Coréia do Sul, onde comecei um grupo de estudo bíblico.
 Ore pelos refugiados norte-coreanos, especialmente pelas mulheres (que freqüentemente sofrem abusos) e pelas crianças.

Tradução: Leila da Silva



Missão Portas Abertas

Cristãos norte-coreanos fogem de seu país
 
Miséria na Coréia do Norte
COREIA DO NORTE (1º) - Nos últimos anos, o governo norte-coreano descobriu que a Tailândia é a porta de saída para muitos norte-coreanos que querem fugir do país e depois receber o reassentamento na vizinha Coreia do Sul. Mesmo que a Tailândia seja distante da península coreana, ela é o mais próximo aliado ao alcance da Coreia do Sul, com quem mantém uma boa política de relacionamento.

“Os primeiros que chegaram aqui pareciam que não tomavam banho há um mês”, disse Sugint Deckhul, que presenciou a chegada de cerca de 3 mil norte-coreanos a seu país.

A viagem para a Tailândia pode levar meses e o caminho está repleto de informantes e extorsões. Ser capturado na China significa ser deportado e, muito provavelmente, executado. Quando não são mortos, acabam em campos de trabalho forçado.

São desertores, como Joseph e sua família, que queriam fugir da Coreia porque passavam fome e não tinham onde buscar ajuda. E, contra todas as expectativas, eles – que estavam ligados a uma rede de cristãos – conseguiram fugir e se abrigar na casa de um casal cristão chinês. Lá eles puderam comer. Joseph relata: “Eu nunca tinha comido carne, nem visto animais como galinha, boi. Eu estava somente acostumado a comer arroz e legumes que meus pais plantavam.”

Além da comida, a família que os hospedou lhes ofereceu algo a mais: Jesus. “Ninguém na Coreia do Norte sabe sobre o cristianismo”, disse ele. “Mas eles me falaram dele e eu fui salvo. Agora percebo quantas vezes Deus nos ajudou.”

Joseph e sua família são um dos muitos exemplos de pessoas ajudadas pela “Underground Railroad”, que auxilia cristãos a fugir da Coreia do Norte e conseguir uma vida melhor em outros países.

Para fugir da Coreia, precisam de muita coragem. Atravessam rios, fronteiras e selvas para conseguir chegar à Tailândia.  Como já dito, muitos chegam desnutridos e fracos, precisando do apoio de outros para se alimentar e se recompor. Depois disso, são deportados para a Coreia do Sul, já que a Coreia do Norte não está aberta para receber pessoas vindas da Tailândia ou de qualquer outro país.

Tradução: Lucas Gregório



 

Polícia reluta em investigar caso de invasão a Igreja
 
Igreja no Paquistão
PAQUISTÃO (11º) - Muçulmanos armados interromperam o culto de uma igreja no domingo (29 de maio), amaldiçoando a congregação, quebrando o vidro do altar e profanando itens que estavam na igreja.

A polícia inicialmente tentou proteger o líder dos invasores muçulmanos, sobrinho de um ex-membro da Assembleia de Punjab (MPA) e, em vez de prender os acusados, aceitou um simples pedido de desculpa e os liberou.

O pastor Ashraf Masih, da Igreja Presbiteriana em Lakhoki Khana, disse que Muhammad Shoaib, sobrinho do ex-MPA Mansha Sindhu, entrou na igreja acompanhado por quatro homens armados com fuzis e pistolas, amaldiçoando a igreja e dizendo que ela estava perturbando a paz da região, fazendo cultos com alto-falantes.

O pastor Masih ainda disse que os muçulmanos agrediram e maltrataram os membros da congregação, quando tentavam parar os intrusos. “Eles estavam fora de controle”, disse o pastor. “Shoaib e seus homens quebraram o vidro do altar da igreja, jogaram cópias da bíblia contra a parede e profanaram a cruz.”

Ele acrescentou que essa não foi a primeira vez que Shoaib perseguiu os cristãos do povoado. Quatro meses atrás, ele agrediu um ancião da igreja sob o pretexto de que não queria ouvir as canções cristãs que o idoso cantava.

O pastor ainda relatou que chamou a polícia, depois que os muçulmanos deixaram a igreja, que chegou rapidamente. Os cristãos mostraram os prejuízos que sofreram e manifestaram sua indignação diante dos estragos. Os cristãos levaram os policiais até a casa de Shoaib e voltaram para o terreno da igreja, onde estavam presentes defensores dos direitos de religiosos perseguidos.

O pastor Masih disse que, após uma longa negociação, os policiais concordaram em fazer Shoaib se desculpar publicamente, mas a atitude foi considerada hostil. A atitude da polícia, para os cristãos, era de evidente apoio a Shoaib e seus homens.

Tradução: Lucas Gregório



Perseguição aos cristãos ex-muçulmanos aumenta
 
Cristãos armênios se reúnem no Irã, onde abandonar o islamismo pode levar à pena de morte
IRÃ (2º) - O aumento na detenção de iranianos que se converteram ao cristianismo revela uma colheita abundante, resultado do evangelismo feito pelas igrejas clandestinas que pertencem ao Estado islâmico, de acordo com os líderes cristãos iranianos.

“A religião aqui é considerada como parte da identidade nacional da pessoa,” disse Issa DIbaj, membro do ministério Elam. “Se você se afasta da religião, é como se você traísse seu país. Em suma, se você se converte a outra religião e se afasta do Islã, você está traindo seu país.”

“A perseguição se intensificou a um nível sem igual,” disse Abe Ghaffari, diretor executivo dos Cristãos Iranianos Internacional. Acredita-se que o aumento da perseguição pode ser diretamente proporcional ao número de iranianos que se converteram do islamismo ao cristianismo. Muitas das conversões podem ter começado a tirar a credibilidade do Estado islâmico.

Segundo Davi Elam, de Yeghanazar, a perseguição do governo torna o cristianismo ainda mais atraente. “Quando funcionários do governo estão na televisão dizendo às pessoas para não ler as Escrituras, isso gera mais interessa das pessoas por ela,” disse ele.

Tradução: Lucas Gregório



Fonte: Worthy Christian News














                  

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